Colaborou: Mario Raposo
Voce fez parte uma geração de ouro do skate, o que era o skate pra vocês?
Transporte, quando eu comecei. Depois virou uma diversão: Surf, se as ondas estivessem muito grandes ou muito pequenas, podia-se “surfar” no concreto.
Como ve essa garotada de hoje?
Arrepiando. Muito melhores do que o máximo que eu consegui ser.
Fale um pouco da galera que andava com você.
O pessoal do Dogtown, Tony Alva, Jay Adams, etc…, Stacy, Bob Biniak e outros. A gente andava em piscinas vazias. Empatei em primeiro lugar com o Tony Alva em uma competição de bowl em 1976.
Tem uma foto sua que é icônica, em La Costa, como você se sente vendo ela?
Velho. Ali, eu estava só me divertindo. Curtindo andar de skate.
Conhece o skate brasileiro? Fale dele.
Só você mesmo (Mario Raposo). Não acompanho muito o que tem acontecido no mundo do skate recentemente.
Nos EUA os skaters mais velhos são extremamente respeitados e reverenciados, como esse exemplo deveria ser seguido?
Eles deveriam fazer um hall of fame no Brasil tambem.
Do que tem saudades no skate e no que ele mudou sua vida?
Eu tenho muita saudade de andar de skate. Eu tenho muita saudade de surfar. O surf sempre foi a primeira paixão. O skate apareceu para complementar o surf quando não tinha onda.
Quem você admira no skate e quais foram e são suas referências?
Minhas referências eram surfistas: Gerry Lopez, Sam Hawk e a galera que surfava em pipeline.
Que leitura a sociedade fazia do skate quando começou e como você interpreta a visão que se tem atualmente?
Naquela época, skate na rua era ilegal, skate era uma moda, agora é um esporte olímpico respeitado no mundo.
Nos dê uma opnião sobre o esporte na atualidade.
É insano o que eles fazem com o skate hoje em dia.A gente nunca imaginou o que se faz atualmente. O mesmo acontece no surf. Surfista hoje em dia dá aerial 360. Quando a gente surfava, a gente estava feliz se entrasse em um tubo o desse uma batida no lip. E, se você for ver, no skate o equipamento não mudou tanto. Claro que a evolução do equipamento ajudou, mas a maior evolução veio dos skatistas sempre forçando os limites do esporte.
E um recado para os skaters do Brasil.
Vão andar de skate na rua e azarar as gatas de biquíni na praias do Rio de Janeiro. Agora sério: Continuem arrepiando. O Brasil tem skatistas muito bons de bowl-riding. E excelentes surfistas.