A Wave Park foi um sonho que, literalmente, se concretizou. A inauguração teve uma data significativa: 7/7/77. Da cabeça de um garoto que infernizou o pai até convence-lo a realizar tal sonho, na busca de um terreno que comportasse essa idéia, achar os engenheiros que entendessem a funcionalidade de tal empreendimento, até os ultimos e derradeiros momentos. Um sonho que alguns privilegiados puderam desfrutar. Alguns desses privilegiados sonham até hoje com essa pista iconica. Dela restou pouco, somente lembranças, boas e amargas, mas na grande maioria excelentes lembranças.
Aqui tem um pouco dessas maravilhosas lembranças.
Sergio Lagana - O administrador
O meu primo Charles foi para a Califórnia e conheceu algumas pistas de skate e queria trazer para o Brasil, aí a ideia foi saindo do papel e com a ajuda do meu tio conseguimos executar esse sonho.
A pista foi construída em um terreno alugado e além de ter que pagar o aluguel tínhamos que devolver para o meu tio o dinheiro que ele emprestou , aí como tudo no Brasil é moda, a moda do skate foi acabando. Com isso o fluxo de dinheiro já não era mais suficiente, tanto que logo em seguida veio a moda dos patins.
O Projeto de um sonho
Quem andou na Wave Park
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Indescritível! Resumindo foi uma mistura de euforia e medo, rs Da primeira vez só estava liberada a parte do bowlzão, foi logo na primeira semana, fomos eu e o Ricardo Barbero (brother de infância...) tinha um pessoal mais velho e outros da minha idade já andando.
2. E quando viu os locais andando?
Eram poucos locais, ainda não havia propriamente locais, mas ficou gravado na memória os mais velhos como o Peninha, o Kao, entre outros que já se arriscavam mais alto, ninguém ainda tinha coragem de chegar até o lip do bowlzão.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Com certeza, as linhas curvas dos snakes permitem um estilo de linhas bastante diferente do que se vê atualmente com paredes posicionadas mais paralelas e nenos snakes. Na época as linhas da pista remetiam bastante às linhas do surf.
4. Como era andar nessa pista?
Era maravilhoso, não só pela pista em si, mas nós, os usuários mais assíduos, embora sendo de várias equipes diferentes, não tinhamos nenhuma rivalidade, uns torciam pela evolução dos demais e vibrávamos quando viamos surgindo novas manobras e limites sendo superados. No dia a dia rivalidade, eramos uma verdadeira irmandade, era só alegria!!
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
A "Wave" como carinhosamente a chamávamos, era o templo do skate paulista na época. Desde 07/07/77 até o seu fechamento em 82 não tinha comparação com nenhuma outra pista em todo o Brasil. Houve algumas outras, mas nenhuma se equiparava às diferentes transições e variantes de linhas possíveis de executar.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Na segunda vez que fui lá, também ainda era só o bowlzão, todo o resto estava em obras, dava para brincar no snake principal, a pista do bowlzinho, até a jabuticabeira (ou era outra, aquela arvore no canto da curva). A pista dali para baixo ainda estava sendo finalizada. No bowlzão era obrigatório o uso de capacete. Até hoje não lembro quem me emprestou um capacete preto, réplica dos de nazista... desci e me arrisquei a ir mais alto, entrei errado pelo meio da curva do bowl e subi uns 3,5 metros num carving de frontside. Ainda inexperiente eu percorri demais para o meio do bowl, onde a parede era reta, descolei da parede caindo de cabeça com as costas viradas para o flat, cai diretamente no flat. Resultado, acordei sendo suturado no queixo lá no Hospital São Luis, na Av. Santo Amaro, a fivela do capacete me rendeu 8 pontos no queixo por conta da pancada o capacete torceu e a fivela enterrou no queixo. Soube depois do atendimento que eu havia desmaiado por uns 15 minutos e me carregaram até lá. De volta à pista o Charles e o primo dele (não recordo o nome) me levaram até minha casa. Ainda era menor e minha mãe não queria mais que eu fosse andar na pista novamente, não adiantou nada, rs... Tanto que logo em seguida eu também me tornei um dos locais, tanto pela Luau, como depois pela Costa Norte nós recebíamos um talãozinho com 10 ingressos semanalmente, aí passo a ser só alegria :)
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Logo que a turma passou a evoluir, quem mais se destacavam era Jun Hashimoto, Luiz Roberto "Formiga" e Kao Tai, e Bruno Brown, tinha outros, todos amigos meus, mas os que mais me impressionavam eram estes.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Parecia um sonho, Aliás, naquela noite sonhei que estava voando, não eram aéreos de skate, era a sensação de flutuar, subir e descer, fluir....
2. E quando viu os locais andando?
Na segunda vez que fui, dois meses depois, já tinha tido minha curta carreira de skatista. Apesar de ter conhecido a Wave Park iniciei na Franete, era mais perto de casa. Comecei a gostar da coisa e em 45 dias fraturei o braço no meu primeiro invert acima da borda. Engessado fui com amigos na Wave, só pra olhar, pensava que nunca mais andaria de skate, chegando no fundo da pista, vi o Jun Hashimoto executando um frontside air na extensão do bowlzão. Aquilo impactou, era assim que se andava de skate de verdade! Na volta pra casa vi um jogo de rodas SIMS Comp II, importadas que tinham acabado de chegar., senti que eu era skatista, não tinha mais volta, então, comprei as rodas antes mesmo de tirar o gesso. Culpa do aéreo do Jun, da pista do Charles e do Tico da TecGlass que trouxe aquelas rodas. Eu tinha 15 anos e já tinha entendido que essa seria minha vida.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
A Wave Park está em todas as pistas que trazem esse espírito. Em 2016 tirei um ano sabático e andei de skate todos os dias na Chácara do Jockey, costuma dizer à todos que me encontravam lá que era a Wave Park Sec XXI. Minhas pistas tem a Wave Park no DNA, muitas outras mantém esse espírito.
Mas, se alguém construísse o mesmo projeto físico, tenho certeza que teria muita gente se divertindo naquele snake.
4. Como era andar nessa pista?
Cada pessoa tem suas razões, seus sonhos,suas ansiedades. Eu era um menino tímido, inseguro, não me adaptava aos esportes coletivos e o skate me deu a oportunidade de descobrir que eu posso fazer o que eu quiser. Andei com os verdadeiros arquitetos do skate moderno, aprendia manobras TODOS os dias, andei alí de segunda a segunda feira, andei na Páscoa, no Natal, no Dia das Mães,verdadeiramente encontrei meu Eu. Em pouco mais de um ano venci o IV Wave Champ na categoria Junior. KaoTai venceu na Senior, com Jun em segundo. Fica até difícil de narrar o que sentia, era um sonho e estava acontecendo.
Dalí levei para a vida e para o Mundo o que experienciei e hoje sou o que aquele menino descobriu brincando nas paredes de concreto.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Um centro de inovações em todos os setores, tecnologia, comunicação/informação, moda, música, marketing esportivo.O maior Polo de construção do skate brasileiro. Charles Puts fez a pista certa, no momento certo, no local certo.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Gosto de estórias engraçadas e tem uma que lembrei agora. No II WaveChamp o Ricerdo Barbero, patrocinado pela Costa Norte, perdeu o equilíbrio, o skate fez um slalon curto e ele caiu. Só que caiu pra trás e o skate espirrou pra frente com muita velocidade e acertou um moleque que estava na platéia. kkkkk, esse moleque era eu. Quem esteve lá vai se lembrar que o Barbero quase matou um pirralho magrelo. Eu não esqueço.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Muitos, Jun, Kao, Formiga, Bruno, Jofa, Aderbal, Leitão, Carrão, sendo que Carrão foi meu principal "adversário", se é que cabe essa palavra, no IV Wave Champ. Naquela época ele andava melhor que eu, no dia da final "ninguém andou melhor que eu", parafraseando um ilustre pensador do skate. hehehe
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Não vejo a hora dela tá pronta ....... só tinha um trator , ela ainda não existia.
2. E quando viu os locais andando?
O 1° cara que vi foi o Bola 7 no bowlzão ( única parte pronta). Pensei: preciso aprender isso.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Certamente.
4. Como era andar nessa pista?
Viver o que se sonhava.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Paraíso do skate.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Eu varei do snake run para o Bowlzão!! E lembro de ver a cara do pessoal do ônibus chocada me vendo no ar , uns 5 metros de altura...o que eles não viram foi a queda... cai de costas quase no ralo do bowlzão, só lembro eu no chão e todo mundo ao meu redor, uns falando,: morreu. Fiquei sem ar por um momento... não sei como não quebrei nada !!! No 3° wave champ, eu acertei um acid drop da mureta para o bowl médio, algo que nunca tinha feito antes. A ideia era dropar de volta ao banks , mas fui atrapalhado pelo Sérgio Ueta, e ao me arrumar passei do ponto, e não tive outra escolha, dropei pro bowl , obrigado ao Ueta
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Jun, Kao, Formiga, Bruno, Bola 7.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Foi surreal ver de perto uma pista exclusiva para andar de skate com tantas possibilidades com inúmeras variáveis de transições, e poder evoluir e se divertir radicalmente, outrora sempre a procura de ladeiras, transições em entradas de estacionamentos ou em precárias rampas feitas com madeirite de obras.
2. E quando viu os locais andando?
Ver os locais deslizando e cavando as paredes era um sonho, o primeiro objetivo pegar aquela onda com eles, daí a necessidade de evoluir tbm nos equipamentos, que eram da idade das pedras, o negócio era fluir com segurança
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
A WP foi um divisor de águas, marcou uma geração e a maneira de andar de skate, se ela existisse hoje com certeza seria um local obrigatório para as novas gerações, ter a experiência dos primórdios, diversão pura, skate na essência.
4. Como era andar nessa pista?
Desafiador, cada canto da pista era um desafio novo, fluir nos carvings, não tínhamos consciência do perigo, corpo ralado e pancadas no concreto eram novidades, uma vento na cara, nada na cabeça, jovem pra sempre, sentir único com seus amigos, Skatenaveia
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Um projeto feito a frente de seu tempo, por malucos visionários, sem medo de inovar, que revolucionou o skate, que nos trouxe até os dias de hoje, bons tempos aqueles
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
A mais memorável, a pista tomou proporções monstra, todos queriam ter a experiência de andar nela, se tornou cara e lotada, por isso depois do Ibira criamos as sessões de madrugada, sem pagar ingressos, eram as mais chocantes, até que colocaram correntes atravessadas, e o Cacau não viu quebrou alguns dentes rsrsrs
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Formiga, Kao Tai, Jun, Bruno, Half, Aderbal, muito estilosos e estavam um nível acima
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Era adolescente, pistas, só a de Nova Iguaçu e Jacarepaguá, além das rampas de madeira, sonho de skatista, já saí descendo o snake da direita e quando vi, já estava saindo uns lips slides no bowlzinho redondo.
2. E quando viu os locais andando?
Demais ver os amigos locais arrepiando, Half andava com muito estilo, Formiga e Kao Tai subiam na parede vertical do prédio. O bowlzão era um super desafio, como Waimea do skate.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Sem dúvida, com algumas adaptações e correções, pois hoje temos firmas especializadas em projetos e execuções de pistas de skate.
4. Como era andar nessa pista?
Super divertida e desafiadora no bwlzão, foi um sonho.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Sonho de qualquer skatista dos anos 70.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Ver Formiga, Kao Tai subindo na parede vertical que emendava no lado da piscininha, muito legal.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Jun, Kao Tai, Half, Bruno Brown, eram muitos.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Primeira vez na wave park foi inesquecível principalmente para mim do interior de sp que só andava em uma rampinha de madeira, me deparar com snake, bowzinho a a flow de 45 e insano bowzao e ver os locais usando transição de concreto em velocidade foi mágico e sentir o cheiro perfumado das rodas wave park 65 e 70 mm vendidas nas lojinha da pista e de nunca mais sair da memoria.
2. E quando viu os locais andando?
Quando estive pela primeira vez não saiba nome de ninguém o que lembro era os locais usando as transições executando manobras em velocidade coisa que para mim era total novidade.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Acho que nos dias de hoje com skate com manobras modernas e rápidas a wave não se encaixaria porem seria divertida para um publico mais old school.
4. Como era andar nessa pista?
Andar na wave era como disse um mundo totalmente diferente do que eu que eu vivia... o cinza do concreto as curvas as transições rápidas aquele bowlzao insano, vixiii tudo era novidade para um skater do interior.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Andar wave sensação única, magica inesquecível.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Historia na wave quase acaba com a minha carreira de skater ali!! rsrs eu desci reto no bowlzao ( os skaters locais entravam de lado e davam batida ) e eu fui sem nenhuma experiência reto no paredão de quase 5 metros resultado foi uma cambalhota que assustou a todos...eu lembro da sensação ate dias de hoje.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Quando vi caras andando fiquei impressionado... Bruno, jofa, formiga, Jun, Kao, lumbra e outros...caras eram locais mesmo.... usavam toda a pista no gás.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Comecei a andar de skate em 1974 nas ladeiras do Sumaré, surf style total e um pouco de freestyle e slalom e as transições que conheciamos eram as das calçadas e a do cemitério do araça, logo as rampas começaram a aparecer e as revistas skateboard magazine começaram a pipocar e alguns felizardos que conseguiam alguns exemplares e as fotos de piscinas começaram a povoar nossas imaginações e vimos que surgiram algumas pistas especificas para skateboard, já em 1977 nossa vontade de deslizar por pistas estava encravado no nosso imaginário. O surgimento de um projeto de uma pista foi demais "Wave Park" era tudo que queriamos. Que nome top. Fcamos alucinados e extasiados, quando vi pela primeira vez fiquei em choque. Linda mas dificil de surfar naquelas ondas de concreto. Logo passei a frenquentar o local assiduamente junto com todos os feras da época.
2. E quando viu os locais andando?
Quando comecei a andar com as joelheiras de volei e capacete da gledson junto com todos os locais, acabei me tornando também um local e cheguei a fazer parte da equipe Wave Park Gledson por um ano, mas minha frequencia duro pouco mais de um ano pois tive um acidente na pista que me retirou do cenário do skate por dois anos. Andar com os outros integrantes da equipe sempre era top e radical pois a pista era dificilima de andar e os skates eram bem diferente dos de hoje.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Hoje a pista da Wave Park não faria parte do cenário de pistas praticaveis, acho que se não passasse por reforma seria abandonada. Assim como o skate evoluiu com novos produtos, a pistas também evoluiram demais.
4. Como era andar nessa pista?
Andar na Wave Park era radical, emocionante, desafiador, perigosa mas sempre um sonho. Todas as vezes que ia lá, era um nível a mais a ser superado.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
A Wave Park foi um sonho do Charles Putz que transformou o skate no Brasil. Junto com outras pistas que começaram a aparecer entre elas a pista do Alphaville, Volta Redonda, Florianópolis, e a pista de Porto Alegre, Jundiaí transformaram o skateboard, que era praticado nas ruas, a um novo patamar, a Wave Park nos fez ver que o skateboard nos proporcionava infinitas possibilidades. Não somente esportiva mas também comercial. Suas rodas, capacetes, equipamento de segurança, roupas, equipes, campeonatos, nos mostrava que além do esporte existia um mundo business no entorno. A Wave Park abriu minha mente não só para o esporte mas para o mundo dos negócios.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Histórias não faltam enquanto frequentei a pista, mas a que mais me marcou teve dois sabores um de alergia e outro de tristeza profunda. Estava eu em um dia de prática e como sempre evoluir faz parte inerente a minha pessoa, eu estava querendo aprender una manobra que vi na revista Skateboard Magazine através de fotos sequênciais, a manobra se chamava rock in roll. Então lá fui eu fazer esta manobra no bowlzinho e para minha alegria, eu consegui fazer mesmo com aquele grau de 92°, coisa de doido, fiquei em êxtase, acho que fui um dos primeiros, se não o primeiro a fazer isso. Lembro que o Formiga falou pra mim vai lá quero ver e eu fui novamente fazer, e foi ai que a tristeza aconteceu. Tomei um tombo e rompi todos os ligamentos do meu joelho esquerdo. Fiquei afastado do skate por dois anos, fim de 79 a 82. Alegrias e tristezas fazem parte deste esporte.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Quem mais me impresionava na pista eram, Bola 7, Ralph, Formiga, Jun Hashimoto, Kao Tai, Ricardo Barbero, Peninha, e fiquei impressionado com um gringo que apareceu por lá com um shape grande totalmente diferente daqueles que a gente usava, e ele metia slides na parede do bowlzão, era demais e inovador aquele shape resinado e laminado. Infelizmente esqueci o nome dele.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Inexplicável! Nessa época no Rio, nos estávamos procurando qualquer tipo de transição para andar: Andávamos na rampa da pedra e na casa do Éric Wilner no Leblon, mas também em rampas de garagem, fundos de Lagos artificiais, as calçadas da curva do calombo na lagoa Rodrigo de Freitas, etc… Mas nunca em uma pista vertical. Fomos à WavePark a primeira vez em e vimos aquelas transições com aquele cimento lisinho, perfeito para andar, foi SENSACIONAL! O snake era bem bolado, terminava em um bowl fundo, aberto. O bowlzao era uma monstruosidade. Eu acredito que tinha quase 1,50m de vertical. 4m de altura. Absurdo. A “piscininha” tinha us 2,5m mas era SUPER fechada. Muito rápida.
2. E quando viu os locais andando?
Impressionante. Jun e Formiga dominavam a pista. O Jun dava aerials de frontside naquele bowl monstruoso. Foi a primeira vez que eu vi alguém dando um aerial ao vivo.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Claro! Sempre achei que as pistas clássicas, como Campo Grande e WavePark, deveriam ser preservadas (ou reproduzidas) em seus formatos originais. Especialmente para mostrar às novas gerações como eram as pistas quando tudo começou.
4. Como era andar nessa pista?
Eu curtia muito a piscininha e o bowlzão. A piscininha muito fechada mas não muito alta ajudava para aprender manobras novas. Eu aprendi a dar invert lá. O bowlzão era o “Nazaré” da época. A onda gigante. Tomei um hang up de frontside lá que eu quase morri!
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Andávamos na rampa da pedra e na casa do Éric Wilner no Leblon, mas também em rampas de garagem, fundos de Lagos artificiais, as calçadas da curva do calombo na lagoa Rodrigo de Freitas, etc… Mas nunca em uma pista vertical. Fomos à WavePark a primeira vez em e vimos aquelas transições com aquele cimento lisinho, perfeito para andar, foi SENSACIONAL! O snake era bem bolado, terminava em um bowl fundo, aberto. O bowlzao era uma monstruosidade. Eu acredito que tinha quase 1,50m de vertical. 4m de altura. A “piscininha” tinha us 2,5m mas era SUPER fechada. Muito rápida.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Nada espetacular. Uma vez eu e o Éric estávamos andando, eu estava no bowlzao e o Éric na piscininha, quando eu fui procurar o Éric, me disseram que ele tinha caído e fraturado os dois braços!
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Jun e Formiga
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Eu literalmente "babei um ovo", com o snake, e nem esperei para dropar e chegar ao bowzinho, quando me deparei com aquela cratera chamada Bowlzão, um mega paredão acinzentado que dava medo só de olhar, hahaha, e eu com um skatinho sem tail, sem rabeta, hahah, e pra piorar com joelheira de volei.
2. E quando viu os locais andando?
Ao ver os locais andando com aqueles skatões, gigantes, de eixos largos enormes, tudo gringo, com joelheiras e capacetes, dava ate receio de dropar a pista, e quando eu vi o Bola 7 e o Formiga voando eu disse para mim mesmo - fudeu. Kkkkk, Mesmo assim me arrisquei no bowlzao com meu skatinho e na vez seguinte já tinha um skate melhor, mas não o suficiente para aquelas pranchas imensas da Sims, Dogtown e outros
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
A Wave Park se tivesse o mesmo desenho daquela epoca faria sucesso, mas teria de colocar um coping naquele bowlzão - nem lembro se tinha coping lá, atingir os 4 metros de altura nem estava nos meus sonhos
4. Como era andar nessa pista?
Parecia que eu estava na gringolandia, com uma pá de gringo, e tentando entender como era voar de verdade, o máximo que eu conseguia era dar uns boneless, e adorava fazer uns laybacks, slides, e andar no skate para pegar mais velocidade no bowl, cair nem passava pela minha cabeça, talvez seja por isso que eu nunca me machuquei por lá
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
A Wave Park era uma pista de surf para skatistas com grana, para pegar onda no concreto e viver momentos de gringolandia. Era a melhor conexão que tinhamos com a America, seu estilo de vida, e até a treta com a Pig City e Wave Boys fazia parte desse contexto. Me fazia sentir como seu eu fosse dos Z-Boys, sendo Ibiraboys, malloqueiro no meio dos playboys, hahaha
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Haviam muitas principalmente de tretas, com o Lumbra, o Bruno Brown (rip), que sempre queriam arrumar com a gente. O Formiga sempre fazia algum comentário, o Kao Tai era brother, assim como o Ralph, que jogava rodas velhas e ate joelheiras de presente. Isso sem falar no Bola 7, o verdadeiro patrão da pista, que convidava para festinhas, gostava de isnaú e companhia, e liberava a entrada sem o patrão saber, haha.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Tinha muita gente que detonava, mas os principais eram o Ralph, o Jun Hashimoto, o Kao Tai, o Formiga, o Trovão (irmão do Roger do Ultraje), sendo que o Kao ainda era fera do free style, e virou amigo da galera. A coisa de ter uma camisa da equipe como Costa Norte também pesava, era como um uniforme de "fera", de profissional para impor respeito, mas havia uma linha divisória clara entre ser pobre e ser rico naquela época, e preconceito de todo tipo, menos de falar com o isnaú, algo que a maioria curtia.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Eu e Gilberto Cossia chagamos lá e tinha um tapume de madeirit e olhamos pela fresta.
Falamos: "aí não tem nada"
Ai veio um japonês (chamado Sumiu) e perguntou o que a gente queria. (Sumiu muito parecido com meu Pai)
Tinha uma madeira longa onde dropava e já caia em uma curva esquisita rsrsrs
Quando eu olhei (eu e o Giba) não acreditamos.... sonhoooo
2. E quando viu os locais andando?
Não tinha nenhum local. Acho que era somente eu Giba e Edivaldo
Depois conheci, Coelho, Lumbra, Viché, Bruno, Cale, Bola 7, Jofa, Formiga, o Kao e Jun já conhecia (meus vizinhos) de outras sessions
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Com certeza sim. Já pedi pro Charles Pùtz fazer novamente rsrsrsrs
Hoje essas da Barra Funda, Essas Pups de hoje faz lembrar (só que não tem bordas)
4. Como era andar nessa pista?
Andar era grinders pra todos os lados. Carvin e uns jumps esquisitos
No bowl já era mais kamikaze, no máximo três rodas pra fora!
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Eu era feliz e não sabia!
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
Histórias....
1 - Champ de Amador Aderbal me desclassificou kkkk
2 - Depois da Session ... tortinha de morango da Tia Alemã na Sto Amaro.
3 – Voltando tarde a pé. (Opa com skate no pé)
4 – Ajudando Paulo Leitão com braço quebrado.
5 - Tem até uma historia com um gatinho no Bowl (Isso com o Marcos Juarez e sua mãe ... nem lembro)
6 – Ultimo a andar em 1981 com o trator quebrando a pista.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Jun e Kao
Bruno muito loko
Formiga.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Quando ví a Wave Park pela primeira vez foi um choque, imaginem um moleque que só conhecia os parks gringos através das matérias da revista SKATEBOARDER, que pagávamos uma fortuna na Livraria Laselva do Aeroporto de Congonhas, quando olhei aquele mar de concreto não via a hora de me aventurar nele, nesse dia quem estava comigo nessa aventura era o meu grande brother Tatau(RIP)posso falar que até hoje me emociono ao lembrar dessa primeira vez.
2. E quando viu os locais andando?
As sessions que presenciei na Wave foram memoráveis, alguns Wave Champs, mas um dia que fui pra lá com o pessoal do Ibira e estavam andando Jofa, Kao Tai, Jun e Formiga, e quando vi o Formiga Varando num Front side Air do Bowzinho para o Bowl médio fiquei alguns segundos paralisado, em choque, quando voltei do extenso Wooooooooowwwwww que todos na pista gritaram, mas as linhas do Kao Tai e do Jun eram perfeitas, rápidas e extremas, os dois tinham na minha opnião, as melhores linhas da pista
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Acho que a Wave Park seria uma pista sensacional nos dias de hoje, com configuração Old School mas também moderna devido as linhas de vertical e copings que eram muito avançadas para sua época, acho que as linhas de carving da Wave eram perfeitas, acredito que nos dias de hoje o “crowd” seria gigante de skaters de todas as idades.
4. Como era andar nessa pista?
Como disse anteriormente as linhas de carving eram especiais e eu sempre fui um cara que gosta muito de Carvings, para mim era como surfar no concreto e a sensação era maravilhosa, aí percebi que era aquilo que eu queria para toda minha vida.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
A Wave Park era a pista dos sonhos de todos os skatistas da época, o bowzinho em paralelo com o Bowl médio, ambos finalizando as belas “snake runs”, além do “shalow end’ na snake do bowl médio, e colado atrás dos dois estava o bowlzão, que amedrontava alguns pela radicalidade e desafiava muitos mais pela sua extensão e verticalidade, houveram algumas mudanças no lay out da pista durante sua existência mas sempre foi construtivo, obra do idealizador e proprietário da Wave Park, Charles Putz.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
No final da Wave Park, já havia um stand de vendas da incorporadora que estava vendendo os apartamentos que sepultariam a pista, a empresa demoliu as duas snakes mas manteve a parte transversal da pista, então as duas entradas(do bowlzinho e do bowl médio foram preservados e o Bowlzão na integra, eles colocavam umas correntes de atravessado para que nós não andássemos, mas sempre dávamos um jeito de arrancar as correntes e a sessão “comia” solta, aí colocaram um caseiro, corrupto, extorquia nossa grana para podermos andar lá, um dia esse cara estava encachaçado e deu uns tapas num moleque local, o moleque como usava aparelho nos dentes cortou a boca por dentro e foi um sangramento só, aí a pista esvaziou em cima desse caseiro, aí é que aprendi que o skate segurado pelo truck é uma arma potente, demos um coro nesse babaca, aí a incorporadora colocou os alambrados, aí para andar na pista praticávamos escalada de tapumes...kkk.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
O skaters que mais me impressionavam na Wave Park , como já disse anteriormente, eram Formiga, Jun e Kao, isso durante a vida da pista, no final quando a incorporadora demoliu a parte da snake da Bueno Brandão quem aterrorizava nas linhas eram o Porque e o Ari Jumonji. Mas vale mencionar os Laybacks do Yura, A linha adrenada do JOFA e do Vitché e da irreverencia do grande Bola7(RIP).
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
A sensação era de querer ver ela pronta porque ficamos sabendo que estava sendo construída e íamos lá acompanhar o projeto que na época era algo impossível de se andar pela altura das paredes.
2. E quando viu os locais andando?
No começo quando ela ficou pronta o Charles foi montando a equipe Wave, já descontava o Jun , Formiga, Bruno, Jofa e outros.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Sim
4. Como era andar nessa pista?
No início foi difícil mas quando olhava os caras se jogando nas alturas aí vontade superava a coragem.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
A Wave era palco de aventureiros bem loucos.
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
A história mais louca pra mim foi quando fomos fazer uma sessão noturna e o bowzao estava cheio de correntes , tivemos que levanta-las com pedaços de madeira feito um telhado e andar por baixo.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
O Jun, o Kao, e o Formiga.
1. Qual foi sua sensação quando viu pela primeira vez a Wave park?
Chocado com tantas transições e paredes. Principalmente o Bowlzao.
2. E quando viu os locais andando?
Nessa época já fazia um rolê e carvins legal, mas eles andavam super bem e aprendi muito.
3. Acha que a Wave Park teria lugar nas pistas hoje?
Creio que iria trazer de volta muitos que deixaram de andar e atrair muita galera.
4. Como era andar nessa pista?
Morava na Saúde, saia por volta das 6 da manhã e andava até a noite. Sessions e várias possibilidades. Adorava andar lá.
5. Descreva, com suas palavras, a Wave park?
Era surreal, não havia nada parecido com essa pista, então creio que foi algo que fazia todos que ali estavam muito felizes. Eu principalmente rsrs
6. Conte alguma estória interessante que te aconteceu lá.
As vezes ficava ali perto da entrada, e quando dava e percebia qualquer descuido...ia pata dentro e não pagava...quando terminava o tempo, saia e entrava de novo no meu horário. Andava até não aguentar mais hehe.
7. Quem eram os que mais te impressionavam andando na pista?
Vi Kao Tai, Jun, Bola Sete, Lumbra, Formiga, Ricardo, Gian Malfitani, Adherbal, Thomas, Jofa, Vicente, Leitão e tantos outros. Mas na minha humilde opinião, Jun, Kao e Formiga eram os melhores.
Na verdade eu só ia de espctador, parei de andar de skate na época, andava na rua no Sumaré e logo comecei a fazer prancha de surf, e não podia me machucar dê jeito nenhum.
Não existia equipamentos de proteção e segurança, kkkkkk e na wave era sinistro
Frequentemente ia ver e te falo, era muito sinistro, o bowl era na negativa, e alto pra caraca, via todos andando, Peninha, Half, Thomas, Formiga, Alois, Jun, Jofa, Kao, Salada, Bruno, Gustavo, Edu da Prisma.
Quem impressionava era o Jun, e Kao saia voando, claro ali todos eram muito bons, erro ali era sério, muitas contusões, tinha o Massarico esse também era fora da curva.
Estava sempre lá, ao lado da pista tinha uma loja de materiais de fiberglass, e tava comprando sempre material para confecção de pranchas.
Acho que a Wave Park foi o divisor de águas, ali começou a era dos nossos heróis do Skate e uma geração de ouro, nem os gringos imaginavam o que estava rolando, cheguei a ser juiz em algumas competições e fui em uma em São Bernardo, pista cabulosa na época….
Tinha na rua também, Bosque do Morumbi, P2 Morumbi, Sumaré onde nasci e moro até hoje.
Sumaré era de sonho, das 8 hs da manhã ia madrugada , até chegar polícia , final de semana era Venice brasileira.
Era o mesmo movimento na mesma época do Dog Town na América, só que pouco divulgado, mas era skate entrando de vez na história.
Tchap era o cara, Massarico, Utcho, Peninha, Gustavo, Renato Elkis , Gilberto Elks, Fernando, Fernando Costa, aí tinha o Amado da Torlay
Primeira geração depois vieram o Vitorio, Ascanio, Jonny,
Quem esteve e morou em casa o Cris Cahil da equipe Dog Town, shaper e fez prancha na minha fábrica.
Muitas histórias e muita gente envolvida.
Aqui no Brasil quem começou a andar de long skate foi o Tchap. Ninguém andava com o skate maior, ele era impressionante, com rodinhas kriptonics verde.
Engraçado que nem na América tinha, lembro disso perfeitamente, só que estamos no Brasil ??, e quem daria crédito?
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